Golpes que clientes sofrem em caixas eletrônicos

Quadrilhas cada vez mais especializadas transformam correntistas em vítimas de golpes. Conheça dois exemplos.

Um alerta para todo mundo que usa caixas automáticos de bancos. A repórter Daniela Golfieri mostra dois truques que comprovam a criatividade criminosa dos golpistas. O consultor de vendas Fernando Guerra levou um susto quando consultou o saldo da conta poupança por telefone. Descobriu que quase todo o dinheiro depositado havia sido sacado. "A gerente descobriu que foram quatro saques na cidade de Osasco, na Grande São Paulo”. Quadrilhas cada vez mais especializadas transformam correntistas em vítimas de golpes. A ousadia de criminosos em dois casos registrados em São Paulo chama a atenção da polícia e preocupa clientes de bancos. Em São José do Rio Preto, dois homens foram surpreendidos pela polícia enquanto instalavam um painel idêntico ao do caixa eletrônico. Atrás dele, um computador portátil seria usado para captar as senhas. O caso foi descoberto depois que os golpistas desviaram a câmera do circuito interno e a central de monitoramento acionou a polícia. Na capital paulista, um outro golpe: o mecânico Geovani Donizeti da Silva mantinha um telefone dentro do caixa eletrônico como se fosse o da agência. Ele colocava um objeto para prender o cartão do cliente, que era obrigado a ligar para o banco e solicitar a liberação. Só que, dentro do telefone fixo, estava um aparelho celular. Quando o cliente ligava, o estelionatário atendia e conseguia todos os dados do cartão magnético. Depois que a vítima deixava a agência, o golpista usava o cartão para tirar o dinheiro da conta. Ele está preso. "O cliente deve verificar se o caixa é realmente o caixa da agência bancária, se não é, por exemplo, uma carcaça colocada em cima pelas quadrilhas especializadas no assunto. Então, ele deve apalpar aquilo e prestar atenção na câmera do circuito interno, se ela está focada no local onde deveria e, se houver qualquer suspeita, deve bloquear o cartão de imediato, de preferência fazê-lo pessoalmente", orientou o delegado Renato Pupo de Paula. Fernando fez o certo: procurou a polícia para fazer o boletim de ocorrência e avisou ao banco. “Tudo o que eu quero agora é o meu dinheiro de volta". Fernando ainda não recebeu a quantia de volta. Ele fez a reclamação na manhã desta segunda e a agência bancária prometeu resolver o problema em 24 horas.