Nos próximos três meses, materiais de construção vão pagar menos IPI; a Cofins cai de 3% para zero; e os descontos no IPI para os automóveis foram prorrogados até o final de junho.
O governo anunciou nesta segunda mais um conjunto de medidas para estimular a economia brasileira neste momento de crise mundial. Veja na reportagem de José Roberto Burnier. Para quem vai construir ou reformar um imóvel, foi uma grata surpresa. O governo anunciou que nos próximos três meses materiais de construção vão pagar menos IPI, o imposto sobre produtos industrializados. Na lista, 30 produtos. Cada um com um desconto diferente. Alguns deixam de pagar IPI, como cimento, tintas e vernizes e chuveiro elétrico. “Muito bom para incentivar o emprego, o trabalho, tudo”, disse um homem. Donos de uma pequena empresa de manutenção elétrica, Walter e Antonio demitiram mais da metade dos 30 funcionários por causa da crise. “Eu espero que com essa redução de impostos eu possa contratar”. “A hora em que você tem a ampliação de crédito e redução de preço, o comércio deve bater recorde de venda nos próximos 90 dias”, disse Claudio Conz, da Associação dos Comerciantes de Material de Construção. Quem também foi beneficiado com redução fiscal foi o setor de motocicletas. A Cofins, um tributo federal, cai de 3% para zero. E, como já era esperado, os descontos no IPI para os automóveis foram prorrogados até o final de junho. A estratégia funcionou. Com os carros mais baratos, as vendas, que tinham desabado no fim do ano passado, se recuperaram. O trimestre vai fechar praticamente igual ao de 2008, mas, desta vez, as montadoras tiveram que assumir um compromisso. “Em contrapartida, as indústrias montadoras se comprometem com a manutenção do nível de emprego”, declarou Jackson Schneider, presidente da Anfavea. Ao assinar o decreto, o presidente em exercício José Alencar disse que o melhor do acordo é a manutenção do emprego. “Porque não há nada mais triste que um cidadão chefe de família chegar em casa e comunicar que perdeu o emprego”. Para compensar a queda na arrecadação provocada por essas reduções fiscais, o governo decidiu aumentar os impostos sobre a venda de cigarros. A partir de primeiro de maio, eles ficarão em média 30% mais caros. Com esse aumento, o governo espera recuperar R$ 1,5 bilhão que vai perder com a redução de impostos. ”Estamos aumentando o tributo num setor que não prejudica o emprego, a atividade, tudo mais, inclusive há uma grande defasagem no preço do cigarro no Brasil para outros países, em compensação estamos beneficiando setores que são fundamentais para a economia brasileira”, justificou Guido Mantega, ministro da Fazenda. O acordo entre o governo e as montadoras para manter os empregos não vale para os contratos temporários e as empresas poderão manter os programas de demissão voluntária, como o anunciado pela Ford na semana passada.
Governo anuncia mais medidas para a economia
Postado por MP3Mix às 10:06
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